“Leais são as feridas feitas
pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos” (Provérbios 27:6).
Elogios não identificam necessariamente os amigos, nem a crítica sempre vem dos
inimigos. Lembre-se de Judas que beijou o Senhor – e o traiu. Alguns dos
elogios mais elaborados e melosos que já recebi vieram dos meus inimigos –
muitas vezes associados a uma dor cortante nas costas, onde entrou a faca!
Alguns dos comentários mais desagradáveis, doloridos e de murchar o meu ego
sobre mim e meu trabalho vieram dos meus melhores amigos. Um inimigo contará a
todos que você tem mau-hálito; um amigo talvez te dê refrescante bucal para
você experimentar. Oh, como a crítica dói! Como ela nos faz sentir! Mas quando
a dor do orgulho ferido ceder, você perceberá que era um favor. Ignorar o
problema jamais teria ajudado. Você não teria o seu amigo para agir de outra
maneira – apesar de precisar de um tempo para agradecer pela “ferida” que ele
causou. É difícil agradecer um dentista enquanto ele está furando o dente!
Interesse genuíno na alma causa
preocupação em um amigo que observa o meu caminho se afastar de Deus. Uma dura
bronca pessoal – “tu és o homem” (2 Samuel 12:1-7) – pode ser necessária para
me colocar nos eixos. É melhor sofrer com uma ferida temporária que a perda
eterna. Eu me tornarei, então, o seu inimigo porque te conto a verdade? (veja
Gálatas 4:16).
Porém, um amigo não acha prazer
em causar tais feridas. Eu fico ressentido com o médico que sorri enquanto mexe
num lugar dolorido! Eu sei que ele tem que fazer isso, mas não gosto de pensar
que ele gosta disso! É fácil demais tornar uma crítica profissional e perpétua
de tudo e de todos–se deliciar por achar falhas. Certamente tal atitude não é
uma virtude e evidentemente raramente traz proveito para alguém. Um inimigo
mira a sua flecha para destruir e machucar; um amigo jamais faz isso. Os nossos
pais nos corrigiram. As marcas velhas nos “traseiros” não objetivavam a nossa
destruição mas foram feridas de amor para o nosso proveito.
E há o outro lado da moeda – ser
um amigo. Nem sempre é fácil. A amizade é mais do que visitas sociais,
compartilhar refeições e aproveitar o companheirismo um do outro. É se
preocupar o suficiente para fazer o que for preciso – independentemente de
quanto a tarefa for desagradável.
A dura carta de correção aos
coríntios de Paulo foi escrita “no meio de muitos sofrimentos e angústias de
coração ... com muitas lágrimas ... para que conhecêsseis o amor que vos
consagro em grande medida” (2 Coríntios 2:4). Paulo se preocupou a respeito de
escrever a carta e como ela seria recebida, mas ele se alegrou quando soube do
seu arrependimento (2 Coríntios 7:6). A sua atitude e as suas ações provaram a
sua amizade.
Por que será que muitas vezes
nós evitamos as tentativas de restaurarmos os perdidos (Gálatas 6:1). Sabemos
que devemos, sabemos que seria uma bondade. Não é fácil! Por que não
raciocinamos com os nossos vizinhos que não são cristãos? Alegamos ser amigos
mas ignoramos a sua necessidade maior – a salvação do pecado. Receiamos dizer, “Temo
que você estará perdido”. Ficamos quietos e os deixamos ir, sem incômodos, ao
inferno. Que tipo de amigo faria assim?
[Fonte {http://vencedor-cristo.blogspot.com.br/2011/12/feridas-de-um-amigo.html}]
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