terça-feira, outubro 11, 2011

Como devemos ver o ORGULHO

O orgulho é o elevado conceito que alguém faz de si próprio ou amor-próprio exagerado. Este é um sentimento que todo ser humano muitas vezes esconde no coração. Dentro do ambiente da música evangélica, por exemplo, é muito fácil encontrar cristãos envaidecidos pelo conhecimento de louvor, espiritualidade, experiência musical ou por qualquer outra qualidade que possuem.
Quando a palavra orgulho é mencionada neste estudo, sua citação inclui todas as suas palavras relacionadas e sinônimas: vanglória, soberba, vaidade, presunção infundada e outras. Para iniciar esta parte, vamos partir de alguns trechos fundamentais da Palavra de Deus, seguindo suas explicações:
1.1 - Cuidado com a Vanglória: Gálatas 5:25,26: "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros".
Quando o levita se deixa possuir de vanglória, ele está cometendo dois erros básicos: roubando a glória de Deus e quebrando a comunhão com os irmãos do grupo. O texto acima deixa claro que quando a pessoa deseja glória para si, ela provoca as pessoas que a rodeiam, o que acaba criando barreiras entre os membros do grupo.
No trecho acima, a Bíblia ordena que nós não nos deixemos possuir de vanglória. Podemos perceber facilmente que uma palavra está intimamente associada a este assunto: os elogios. Tenho visto que muitos músicos cristãos sobem a plataforma para ministrar, esperando ansiosamente por elogios de homens. Este sentimento de ansiosidade ataca os levitas geralmente em eventos onde um grande número de pessoas está envolvido. Todos devem esperar pelo elogio que vem do Senhor, e Ele honrará conforme o seu tempo.
1.2 - A Importância da Humildade no Corpo: Romanos 12.16: "Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei1 com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos".
(1) - condescender = concordar, aceitar, transigir.
A Bíblia deixa claro que os cristãos não devem tratar uma pessoa diferentemente da outra, mas devem ter os mesmo sentimentos uns para com os outros. Nesta parte do livro quero abrir parênteses ressaltando a importância da humildade no corpo de Cristo. Em 1 Coríntios, o apóstolo Paulo compara a Igreja aos nossos corpos físicos, onde cada membro tem uma função especial, mas todos trabalham juntos. Ele diz: "O corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser corpo. ...Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve". Paulo continua: "Há muitos membros, mas um só corpo. Não podem os olhos dizer a mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés" (1 Cor. 12:14-21). Paulo ainda acrescenta que até os membros do corpo que pareçam ser os mais fracos ou os menos úteis são necessários para que o corpo seja perfeito. Portanto, ninguém pode se orgulhar por algum motivo especial, porque a Palavra diz: "...condescendei com o que é humilde".
Em Romanos 12:3 a 5, a Bíblia diz: "Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,...".
1.3 - Ninguém Julgue Ser Alguma Coisa: Gálatas 6:3: "Porque, se alguém julga ser alguma cousa, não sendo nada, a si mesmo se engana".
Dentro da área musical das igrejas, muitos cristãos têm sido cegados pelo orgulho musical ou espiritual. Isto acaba atrapalhando a obra de Deus. Ao contrário do que vemos por aí, ninguém deve se julgar um bom músico ou um músico espiritual, e se orgulhar nisso. A Bíblia é clara: quem alimenta este sentimento, a si mesmo se engana.
Algum tempo atrás, ouvi um testemunho à respeito de um músico recém convertido numa igreja evangélica na cidade de Nova York. Sua história relata que ele foi tomado por um sentimento de orgulho no início de sua caminhada cristã. Como bom cantor e pianista que era, ele pensou que logo após ter aceitado Jesus, seria chamado para cantar e tocar na igreja. Passando-se algum tempo, vendo ele que isto não acontecia, disse ao seu pastor: "Eu quero trabalhar na obra de Deus! O que eu posso fazer na igreja?". O pastor sabiamente respondeu: "Peque este desentupidor de pia e comece a trabalhar!".
A história acima serve de grande exemplo para nós. Quando uma pessoa é tomada pelo sentimento do orgulho, Deus a coloca lá embaixo. Porém quando a pessoa vive em humildade, Deus há seu tempo a honrará, como já mencionei anteriormente. Ele começa a trabalhar na vida de uma pessoa quando ele encontrar humildade no coração dela.
Todas as pessoas que desejam ser usados por Deus devem estar constantemente orando para que pensamentos e sentimentos soberbos não entrem em seus corações. Acredito que humildade é uma virtude agradável aos olhos de Deus e um bom início para aqueles que desejam trabalhar nesta área ministerial.
[texto de Ramon Tessmann]

A MUDANÇA NA VIDA DE GANÂNCIA ORGULHO E MALDIZER

O NOSSO MESTRE E SALVADOR DEU-NOS UMA OPORTUNIDADE DE NOSSA VIDA MELHORAR.

Ele faz mais do que recomendar a caridade, pondo-a, claramente em termos explícitos, como a condição absoluta da felicidade futura. No quadro que Jesus apresenta, do juízo final, como em muitas outras coisas, temos de separar o que pertence à figura e à alegoria. Os homens como aos que falava ainda incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, devia apresentar imagens materiais, surpreendentes e capazes de impressionar. Para que fossem mais bem aceitas, não podia mesmo afastar-se muito das ideias em voga, no tocante à forma, reservando sempre para o futuro a verdadeira interpretação das suas palavras e dos pontos que ainda não podia explicar claramente.
Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, uma ideia dominante: a da felicidade que espera o justo e a da infelicidade reservada ao mau. Nesse julgamento supremo, quais são os considerandos da sentença? Sobre o que se baseia a inquirição? Pergunta o juiz se foram atendidas estas ou aquelas formalidades, observadas mais ou menos estas ou aquelas práticas exteriores? Não, ele só pergunta por uma coisa: a prática da caridade. E se pronuncia dizendo: "Passai à direita, vós que socorrestes aos vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles." Indaga pela ortodoxia da fé? Faz alguma distinção entre o que crê de uma maneira, e o que crê de outra? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que tem amor ao próximo, sobre o ortodoxo a quem falta caridade.
Jesus não faz, portanto, da caridade, uma das condições da salvação, mas a condição única. Se outras devessem ser preenchidas, Ele as mencionaria. Se Ele coloca a caridade na primeira linha entre as virtudes, é porque ela encerra implicitamente todas as outras: a humildade, a mansidão, a benevolência, a justiça etc.; e porque é ela a negação absoluta do orgulho e do egoísmo. 
[texto de Israel Marques]